A importância e valor da autorregulação do mercado publicitário brasileiro encerrou a terceira edição do CenpHub, realizada em Brasília.
Ana Moisés (IAB Brasil), Flávio Lara Resende (ABERT) , Marcia Esteves (ABAP), Nelcina Tropardi (ABA) e Luiz Lara (Cenp).
No palco, representantes de algumas das principais entidades do setor como Ana Moisés, do IAB Brasil, Flávio Lara Resende, da ABERT, Marcia Esteves, da ABAP, e Nelcina Tropardi, da ABA. Além de Luiz Lara, presidente do Cenp, que conduziu o painel.
Em pauta, a transformação do mercado e os reflexos para associações de classe, que cuidam de interesses comuns do setor. Ana Moisés abriu, justamente, falando dessa nova complexidade do universo publicitário. “Antes era mais fácil definir os agentes. Hoje, todo mundo é um pouco veículo, um pouco tecnologia e todos são digitais. Essa evolução é refletida na autorregulação. E quando o Cenp traz para a mesa todas as frentes, valorizando essa representatividade, é para entender exatamente o mudou porque, na essência, a autorregulação nada mais é do que práticas reais deste mercado”.
Em síntese, todas têm desafios comuns para manter a relevância frente aos associados. Nelcina disse que, hoje, a ABA mantém uma agenda focada nas demandas do CEO. “Quando olho para dentro da ABA, nossa agenda está centrada no CMO, de trazê-lo para dentro de casa com temas relevantes. Ano passado, por exemplo, vimos o crescimento de IA e fizemos um guia sobre a tecnologia, que já está sendo revisto dada a velocidade das mudanças.”
Já Marcia explicou que formação está entre os temas que mais geram eco dentro da Abap. “São mais de 4 mil agências. Quando falamos de uso de IA e tecnologia, por exemplo, os níveis de maturidade são muito diferentes”. Mas ela explica que tem procurado se apoiar em outros especialistas como IAB e ESPM para fomentar - via cursos, mentorias – o conhecimento. Além disso, tem se concentrado em reapresentar a dinâmica das agências para o mercado. “Olhamos a transformação da indústria e deixamos de mostrar o que está acontecendo dentro das próprias agências. Antes, uma grande tinha 200 funcionários, hoje, são 800 especialistas. Tudo mudou e não falamos sobre isso”.
Para Ana, o IAB tem um olhar bem técnico e trabalha com uma espécie de curadoria de tendências. Citou, nominalmente, o crescimento do Retail Media, do Digital OOH, TV Conectada e a Creators Economy, como temas foco para este ano. Além de IA, também citada por Lara Resende. No caso da Abert, uma atenção especial para o impacto da tecnologia no excesso de desinformação, já que as mais de 4 emissoras de rádio e tv ligadas à associação têm na informação de credibilidade seu principal ativo para audiência e rentabilidade.
O painel "A Força da Autorregulação", na essência, apontou desafios e oportunidades para associações e o papel do Cenp dentro desse contexto. Nelcina sintetizou com um: “Cenp é a entidade das entidades e isso diz muito sobre sua importância para o mercado”. Já Lara Resende fez questão de destacar a maturidade do mercado publicitário no Brasil. “Nós temos um mercado extremamente regulado no Brasil, temos uma legislação federal, legislações estaduais, e a autorregulação. O Cenp tem a liderança neste cenário e segue sendo fundamental.”